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Posts Tagged ‘brasil’

Pareço até louco por estar levemente são em meio a uma avalanche de desafinos, braços torcidos e chope derramado. Antes chope do que leite. Quando retomei minha posição de homo (duplo) sapiens, vi que estava na pior. Em termos alcoólicos, eu era o teor mais baixo da festa e esboçava claramente em meu rosto o desentendimento de tudo aquilo. Assumi meu posto, sempre favorito, de observador e deixei o “circo pegar fogo”, como dizem.

Em poucos minutos, o controle já estava no brejo. Recolhi meus amigos e conhecidos, simulamos um balde de pipoca, logicamente, com canecas de chope. Quando me dei conta, estava encarando uma luz ofuscante enquanto o dr. Marcos reparava os dentes que quase perdi naquele dia. O melhor é que não me lembro de nada.
Ou o pior

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Bastião

Parece até outro país, o calor com que Joaquina me recebera em sua vida derretia minhas nobres e nefastas expectativas e as forjava em realidade. No dia seguinte, ao provar de um café amargo e saboroso (ainda não se comparando ao mineiro), observava o esboço da felicidade que eu nunca encontrei no rosto da moça. Um sorriso simples e honesto, típico do boníssimo humor cearense. Vi que era hora de criar vergonha, antes de criar raízes.

Devo ter algum problema, menos de uma hora na rua com minha mochila e me deparo com Mariana. Moça cheirosa dos cabelos dourados, cuja pele não cedeu à ferocidade do Sol nordestino. Como recusar essa oferta de abrigo? E olha que ela nem tinha oferecido… ainda.

Como dizia, foi uma noite e tanto. A intensidade era tamanha que não sei ao certo se Ângela gravou meu nome. Enfim, voltei à peregrinação rotineira. Vagava sem rumo pelo Meireles quando fui fisgado pela peregrina mais sensual que já avistei (talvez a única peregrina sensual que já avistei). Antonella, nome belo, não? Uma síntese dos sete mares expressada em dois olhos, mosaico celestial. Encontrei o amor de minha vida. Seu único abrigo eram meus braços, meu único abrigo eram seus olhos. Até que Antonella teve que seguir viagem e criar vergonha, para não criar raízes.

Até hoje me enlouqueço pela moça que mexeu com meus rumos. Acho que é a vida. Quem planta não tem vergonha na cara.

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